Sunday, September 04, 2005

"Musas"

Numa noite de agosto...

"Musas"

De repente as palavras vieram
Chegaram alucinadas, ardentes
De ardentes, frias. De frias ausentes...

Brotavam das minhas lágrimas, e eu as colhia

Molhou o papel, faziam se poesias
Musas
Poesias de um sofrimento

Vibrantes e sempre
Minha realidade rompia
Horrível verdade

As palavras como os homens, nascem e morrem
Estou só, isolada! Te espero.
Agonizadas uma-a-uma

Sílaba-a-sílaba, as plavras vem
E também vão...
Jade





"Qualquer Dia"

Escrevendo para mim...
"Qualquer Dia"
Te odeio, te odeio, te odeio...
Na frieza de muros densos
Dentro do seu corpo. Sou quente?
Nuvens sustentavam nossas almas delinqüentes
Por tantas coisas e simples acontecimentos
E coisas sem perdão
Te odeio, te odeio...
Presa num prazer inconsciente
Somos demônios no batalhão
Vultos vagando sem estrada
Falando sem razão
Rimos, bobos, embriagados
Sou virgem, e meu corpo nu
Desejos, sua fantasia
Foi num dia de nuvens densas
Quando a chuva chegou
Corremos
Seu sorriso, seu tolo
Te odeio, odeio, odeio...
Jade

"Do Desejo"

Verão de 1986...


"Do Desejo"
No silêncio do meu ser
Caminho pelas ruínas dos nossos sonhos
Desejando nada
além,
Nada mais que
você!
Ao encontrar-me te perdi...
Descubro que não existe a liberdade
Grades que enferrujam com os anos...
Choramos por um mundo estranho
Escrevo, falo, gritei... Mas, plantei no coração,
Minha floresta de ilusão
No silêncio da sua vida
Templo implacável, sonhos
destruídos!
Sorrisos de devaneios
Livre, dentro de mim, num silêncio
alheio...
Jade

"Os Mortais"

Pensa que vai viver pra sempre?

"Os Mortais"
Um basiado ou uma carreira,
É vida extinta num relâmpago
Fantasmas da tragada - Traição
Naquele tempo heresia agora ficção
Um prazer que fluía
Nossos dias perdidos para sempre
Soluços sem lágrimas,
Que os dias secarão
Fomos dos sonhos pras fantasias
Luxuria...
Em nossa infância, amor pueril,
Doce, forte, inocente, uma criança
Meu março sem outrubro
Cadê sua alegria?
Rogamos a Deus
Por um trago derradeiro
Fim dos tempos
E, descobrimos horrorizados que não somos mais imortais...
Jade

"Muralhas"

Detalhes do isolamento...

"Muralhas"
Destrua o caminho
Derrube os muros
Olhe o rastro na areia
Ensina-os a contar os dias, as décadas, os anos
Homens que rosnam
Podridão social, animais confinados
Não há grades,
Não há celas,
Éis a fortaleza, a masmorra
Aterrador são as flores no caixão
Não há mais dor!
Que a morte é verdadeira
Chorou ao me ver assim
Filhos e filhas do mal
Sorri
Quem decide?
Tempestade que vem, derruba tudo
Já é o meu fim...
Jade

Saturday, September 03, 2005

"Lembranças"

Apenas um momento...
"LEMBRANÇAS"
É ruminada no meu coração
Amargamente eu velo
Minha alma em sangue
Mas o tempo não espera,
Não volta e sempre segue...
A dor dessas dores me dói!
Ódio espalhado
Homem bomba em ti
Garganta cortada
Festejam no motim
Quero minha vida de volta
Uma menina chorou, eu não
Ataque dos cães
Nossas vidas, seu amor?
Um calíce de fel
Histeira
Gosto de sangue meu calíce derrama...
Jade

"Pecados"

Um dia de inverno

" PECADOS "
Faço de conta,
Sigo...
Não olho minha alma despedaçada
Sou igual a todas, apenas mais uma zumbi,
Sou somente resto humano
Um universo de concreto, sem flores, sem paixão nem amor
Mundo de ferros e celas
Vivo num deserto constituídos de homens
De todos os pecados
O pior deles é o Amor!
De todos os meus pecados
Desesperadamente amo você
Muito além do céu
Uma geena infinita
Das minhas lágrimas são guardiões os anjos caídos
De todos os pecados
Ainda me lembro do seu sabor
Entretanto fechos os meus olhos
e sigo...
Jade